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Lista dos melhores livros de todos os tempos (www.thegreatestbooks.org)

157. O leão, a feiticeira e o guarda-roupa (The lion, the witch and the ward-robe), C.S. Lewis (1898-1963)

O irlandês Clive Staples Lewis é considerado como um dos maiores intelectuais do século XX. Além de escritor, foi professor universitário (por exemplo, em Oxford e Cambridge), crítico literário, estudioso da Literatura Medieval e respeitado teólogo. Na verdade, até o início da vida adulta ele era um ateu convicto, mas seu grande amigo J.R.R. Tolkien (autor de “Senhor dos Anéis”, 1892-1973) o convenceu a abraçar o cristianismo. Desde a infância ele passava muitas horas por dia lendo na ampla biblioteca da família. Aos 18 anos iniciou o curso de Letras e Literatura na Universidade de Oxford, o qual foi seguido pela graduação em Teologia e Linguística. Dentre suas contribuições à Filosofia Moderna destaca-se o desenvolvimento da ideia de uma lei natural da moralidade, pela qual todos os seres humanos possuem o conceito inato do que é certo ou errado. Em 1963 Lewis sofreu um ataque cardíaco, entrou em coma e recebeu a extrema-unção. Poucos dias depois recuperou-se, teve alta e retornou à casa. No entanto, algumas semanas após o evento ele veio a falecer por insuficiência renal, na mesma data (22/11/1963) dos óbitos do escritor Aldous Huxley e do presidente norte-americano John Fitzgerald Kennedy. Além de best-sellers no campo da literatura juvenil, Lewis é autor de elevado número de ensaios e de publicações acadêmicas. Estima-se que já foram vendidos mais de 200 milhões de livros de sua autoria, traduzidos em dezenas de idiomas.

 A obra “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa” foi o primeiro livro publicado da série “Crônicas de Nárnia” (1950), que é composta por sete obras. No entanto, ele é o segundo livro na ordem cronológica dos acontecimentos da série. O tema das crônicas, já conhecido por boa parte da população leitora mundial, está centrado na existência do mundo fantástico de Nárnia, cujo acesso é feito pela porta de um velho guarda-roupa. Os heróis das aventuras são quatro irmãos que, para fugir dos bombardeios em Londres durante a Segunda Guerra Mundial, vão até a casa de um antigo professor que morava no campo. É nesta residência onde se encontrava o mágico guarda-roupa.

Além de adaptações para TV, rádio e teatro, o livro foi transposto para as telas do cinema em 2005, com direção do neozelandês Andrew Adamson (1966-) e tendo a premiada atriz britânica Tilda Swinton (1960-) no papel da Feiticeira Branca.

A primeira tradução brasileira foi feita pelo escritor Paulo Mendes Campos (1922-91), sendo publicada, em diversas edições pela Martins Fontes. Existe ainda uma tradução mais recente (2023) da Editora HarperCollins, sob os cuidados de Ronald Kyrmse.     

Língua samoana (2)

Há três dialetos no país, mas isto não é nada em comparação com a existência real de dois idiomas distintos, o informal e o formal. As diferenças não são apenas fonológicas, mas também de vocabulário. Como sabemos, o uso formal é direcionado a pessoas mais velhas, de maior posição social, funcionários do governo, religiosos e líderes comunitários, além do uso nas orações. No discurso informal a letra “T” é pronunciada como “K”. Assim tama (menino) é falado como kama e tautala (falar) é dito como kaukala. O “N” torna-se “Ng” na pronúncia. Por exemplo, ono (seis) é falado como ongo. Conforme destacamos, também diversas palavras mudam segundo o tipo de discurso. “Casa” é fale no informal e māota no formal. Na mesma ordem tem-se inu (beber) e taute. O curioso é que são termos completamente distintos uns dos outros.

A ordem das palavras nas frases samoanas exibe uma rara flexibilidade. As mais frequentes são V-S-O, V-O-S, S-V-O e O-V-S. Conforme visto para a maioria das línguas polinésias, as vogais longas são assinaladas com um mácron (traço horizontal superior). Vejam a diferença entre tama (menino) e tamā (pai).  Quanto aos pronomes pessoais, eles incluem as características de “nós” inclusivo e exclusivo e a notação do singular, dual e plural. O idioma não possui conjugações verbais e nem gêneros. Uma particularidade do samoano é a forma de uso de artigos definidos e indefinidos.  Por exemplo, a frase Ua tu mail e va’a pode ser traduzida tanto como “a canoa aparece”, quando o ouvinte sabe qual canoa é, quanto como “uma canoa aparece”, quando o ouvinte não sabe de qual canoa se trata. Muitos nomes são formados a partir de verbos mediante o acréscimo do sufixo ga. Assim: tuli (caçar) e tuliga (caça), tofá (dormir) e tofága (cama). As reduplicações, largamente usadas nas línguas asiáticas em geral, servem basicamente para a indicação do plural: Le tamāloa (homem) e tamāloloa (homens). Elas são frequentes especialmente no caso de “cores”: sinasina (branco), uliuli (preto), samasama (amarelo), mumu (vermelho). 

Dias da semana: Aso Gafua, Aso Lua, Aso Lulu, Aso Tofi, Aso Faraile, Aso To’ana’i, Aso As.

Números de 1 a 10: tasi, lua, tolu, fa, lima (nosso velho conhecido para quase todos os idiomas malaio-polinésios, significa “mão”), ono, fitu, valu, iva, sefulu.

Algumas expressões: Tālofa (Olá), Tōfā soifua (Até logo), Manuia le taeao (Bom dia), Ou te lē mālamalama (Não entendo), Fa’amalie atu (Desculpe), Fa’a amolemole (Por favor), Ou te alofa ia te oe (Eu te amo), Fa’afetai (Obrigado).    

Vencedores do Prêmio Pulitzer de Ficção (4)

1934: Caroline Miller (1903-92), livro Lamb in his boson (em tradução livre: “Um carneiro no peito”), que aborda a vida das comunidades rurais no estado norte-americano da Geórgia, notadamente no aspecto dos costumes sociais. Este foi o primeiro romance da escritora, a qual publicou apenas duas obras.

1935: Josephine Winslow Johnson (1910-90); foi, até hoje, a pessoa mais jovem a ganhar o prêmio. A obra Now in November relata a vida de uma família de fazendeiros na época da Grande Depressão Americana (1929-39). A obra é narrada por uma de três irmãs durante o período de um ano.

1936: Harold L. Davis (1894-1960), até hoje o único premiado originário do estado de Oregon. O livro Honey in the horn relata a vida dos pioneiros nesse estado norte-americano, sob a perspectiva de um adolescente órfão. Davis não foi receber o prêmio em Nova Iorque sob a alegação de que “gostaria de evitar uma exposição excessiva de sua pessoa” (?!?).    

1937: Margaret Mitchell (1900-49), autora do best-seller “…E o vento levou” (Gone with the wind), que foi o único livro escrito por ela. O impacto da publicação foi alavancado pelo estrondoso sucesso do filme homônimo, lançado em 1939. Mitchell escreveu o famoso romance enquanto se recuperava, em casa, de uma cirurgia no tornozelo. Ela veio a falecer, de forma prematura, em decorrência de atropelamento na cidade de Atlanta, provocado por um rapaz que dirigia alcoolizado.   

1938: John Phillips Marquand (1893-1960), autor de The late George Apley, uma sátira à classe rica de Boston, principalmente em relação àqueles que aspiram a fazer parte dela. Trata-se de um romance epistolar, portanto, composto de cartas na sua estrutura.

Frase para sobremesa: A poesia é um nexo entre dois mistérios: o do poeta e o do leitor (Dámaso Alonso, 1898-1990).

Até a próxima!

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