Lista dos melhores livros de todos os tempos (www.thegreatestbooks.org)
81. A feira das vaidades (Vanity Fair), William Makepeace Thackeray (1811-63)
Este é o mais famoso livro do autor inglês, considerado “como o único rival possível de Dickens”. Nascido em Calcutá, foi enviado à Inglaterra em 1815, após a morte do pai. Gastou todo o dinheiro da abastada família com jogatinas, mulheres, bebidas e muitas viagens. Sua obra-prima, A feira das vaidades (não confundam com o livro A fogueira das vaidades, do americano Tom Wolff, publicado em 1987) foi lançada na forma de folhetim nos anos 1847 e 48. O romance, que descreve a vida de duas amigas, de personalidades opostas, traça, com muita elegância e bom-humor, um fiel panorama da sociedade inglesa na era vitoriana, com seus aspectos de ambição, vaidade, astúcia e alpinismo social. A obra tem o subtítulo de “Um romance sem herói”. Nela existe a já mencionada figura do “narrador não confiável” (unreliable narrator), ou seja, uma pessoa que repete histórias não presenciadas, mas reportadas por terceiros.
Foram feitas sete adaptações para o cinema, sendo quatro filmes mudos e três sonoros. A mais recente foi a película dirigida pela indiana Mina Nair (1957-), com a atuação de Reese Witherspoon (1976-). Dentre as diversas traduções existentes no Brasil, podem ser mencionadas a de José Awn, pela Editora Convivium, a de Ruth Leão, pela Editora Civilização Brasileira e, a mais recente, o lançamento da Editora Pedrazul em 2023, com tradução de Maria Aparecida Melo Fontes.
Língua birmanesa (3)
O uso dos pronomes pessoais depende do grau de formalidade e da idade e gênero, tanto do falante como do interlocutor. Um exemplo são os pronomes da primeira e segunda pessoas (ngá, eu e ni, você), os quais só devem ser utilizados com interlocutores de maior intimidade. Se estamos conversando com pessoas de maior formalidade são usados pronomes da terceira pessoa para se referir a si próprio. É como se disséssemos em português ele gosta de comer frutas, em vez de eu gosto de comer frutas. Muito peculiar.
Finalmente cabe destacar a grande variedade de nomes para a expressão de relações familiares. Assim: tia materna jovem (daw-lay), tia materna velha (daw-gyi), tia paterna jovem (ah-yi-lay), tia paterna velha (ah-yi-gyi). Naturalmente vocês gostariam de saber o que é “jovem” ou “velha”. Penso que aqui deve predominar o bom senso.
Dias da semana: Taninla, Inga, Boddahu, Kyathabade, Thaukkya, Sanay, Taninganwe.
Numerais de 1 a 10: ၁ (tit), ၂ (hni), ၃ (thoun), ၄ (léi), ၅ (nga), ၆ (chao), ၇ (kun hni), ၈ (shit), ၉ (koe), ၁၀ (se).
Algumas expressões:
မဂႆလာပၝ (min-ga-la-bá – “Olá”, além de “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”), ဘိုင်။ (bhine – Até logo), နားမလည္ပၝဘူး။ (nà-mǎleh-ba-bù – Eu não entendo), ဝမ်းနဲပါတယ်။ (wùn-nèh-ba-deh – Desculpe), ေက်းဇူးတန္ပါတယ္။ (cè-zù tin-ba-deh – Obrigado). Fonte: Omniglot
Vencedores do Prêmio Camões de Literatura (17)
2004: Agustina Bessa-Luis (1922-2019)
Nome literário de Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa, casada em 1945 com Alberto Luís, de quem adotou o sobrenome. Em 1932 foi estudar na cidade do Porto, posteriormente (1945) mudou-se para Coimbra e em 1950 fixou residência de forma definitiva no Porto. Seu primeiro romance, Mundo fechado, foi lançado em 1949. Contudo, o grande sucesso literário veio em 1954 com a obra A sibila. Agustina teve uma elevada produtividade, a qual conta com 48 romances e diversos livros de contos, peças de teatro, ensaios e livros infantis. Sete de seus livros foram adaptados para o cinema por Manoel de Oliveira, o mais conhecido diretor português, de quem ela se tornou amigo. Manoel foi um dos mais longevos diretores de cinema, tendo falecido na incrível idade de 106 anos (1908-2015). Além do Prêmio Camões, Agustina recebeu vários outros galardões literários e condecorações. Ela faleceu por consequência de um AVC aos 96 anos de idade.
Frase para sobremesa: Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela ou o espelho que a reflete (Edith Wharton, 1862-1937).
Até a próxima!