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Lista dos melhores livros de todos os tempos (www.thegreatestbooks.org)

73. Contos e poemas de Edgar Allan Poe (The complete tales and poems of Edgar Allan Poe), 1809-49

Edgar Allan Poe é um dos mais conhecidos escritores de histórias de mistério, horror, fantasia e ficção policial. Além disso, foi um dos primeiros autores norte-americanos a se dedicar à redação de contos e novelas (romances curtos). Escreveu também poemas e se dedicou à crítica literária. Tentou ganhar a vida apenas através da escrita, no entanto teve uma carreira difícil e conturbada.

Nascido como Edgar Poe, ficou órfão muito novo, tendo sido adotado pela família Allan, cujo sobrenome ele incorporou ao seu. Frequentou a Universidade de Virginia por apenas um semestre, dedicando-se mais à bebida e às mulheres do que aos estudos. Em seguida serviu as forças armadas por dois anos, após os quais começou sua trajetória literária com a publicação anônima de uma coleção de poemas (Tamerlane and other poems). Nesta época casou-se com uma prima de 13 anos de idade, que veio a falecer dois anos depois por tuberculose. Em 1845 publicou seu poema mais conhecido, “O corvo” (The raven), composto de 18 estrofes de seis linhas cada, sempre finalizadas com a expressão “nunca mais” (never more). O poeta francês Charles Baudelaire (1821-67), grande divulgador da obra de Poe na Europa, traduziu imediatamente “O corvo”, que já se constituía em explosivo sucesso nos EUA. Nosso escritor Machado de Assis (1839-1908) foi o responsável por uma versão muito elogiada para o português, a qual, no entanto, foi baseada na tradução de Baudelaire. O poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) foi outra personalidade literária a cuidar da tradução para o português, esta sim vertida diretamente do original em inglês.

Como obras de Poe de alta popularidade podem ainda ser citadas o conto “Os assassinatos da rua Morgue” (The murders in the rue Morgue, 1841) em que entra em cena o detetive Dupin, precursor do célebre Sherlock Holmes. É também este detetive que desvenda o mistério de “A carta roubada” (The purloined letter, 1844). Antes, em 1839, ele já havia publicado os dois volumes do clássico “Histórias Extraordinárias” (Tales of the grotesque and arabesque).   

A causa da morte de Poe ainda é controversa. Ele foi encontrado desmaiado na rua, com roupas que não eram suas, e sintomas de delirium tremis (psicoses e alucinações causadas por abstinência de álcool ou drogas). No hospital ele teve uma série de convulsões e faleceu quatro dias depois.

Existem diversas traduções para o português das obras de Poe. O mais recente lançamento (2023) é da Editora Camelot com o título “Grandes Obras”, com a participação de diversos tradutores. Em 2017 foram lançadas duas coletâneas: “Medo Clássico” da Editora Darkside com tradução de Márcia Heloísa e “Histórias Extraordinárias” da Companhia das Letras, com 18 contos traduzidos por José Paulo Paes.   

Línguas chinesas: cantonês (2)

Algumas palavras de origem cantonesa e uso frequente no mundo ocidental: chop suey (prato com carnes, ovos, legumes), wok (tipo de panela), kung fu (tipo de arte marcial).    

Pronomes pessoais: ngo5, nei5, keoi5, ngo5dei6, nei5dei6, keoi5dei6 (os números após cada palavra indicam o grau do respectivo tom).

Dias da semana: sing kei jat, sing kei ji, sing kei saam, sing kei sei, sing kei ng, sing kei luk, sing kei jat. A estrutura é a mesma do mandarim, ou seja, a expressão sing kei + numeral. Observem que a transliteração de segunda-feira e de domingo é a mesma, a diferença está apenas no tipo de tom.

Números de 1 a 10: jat1, ji6, saam1, sei3, ng5, luk6, chat1, baat3, gau2, sap6 (a representação gráfica dos numerais é idêntica àquela do mandarim).

Algumas expressões:

 
早晨
 (jóusàhn – bom dia), 再見 (joigin – até logo), 我唔明白 (ngóh m̀h mìhngbaahk- eu não entendo), 對唔住 (deuim̀hjyuh- desculpe), 唆哩 (sòlì – outra palavra para “desculpe”, influência do inglês),  你好 (néih hóu – olá), 唔該 (m̀hgòi – por favor), 多謝 (dòjeh – obrigado “por algo dado”), 唔該 (m̀hgòi – obrigado “por um serviço prestado”), 我愛你 (ngóh oi néih – eu te amo).  Fonte: Omniglot

Vencedores do Prêmio Camões de Literatura (9)

1996: Eduardo Lourenço (1923-2020)

O filósofo português Eduardo Lourenço teve destaque nacional e internacional nos seus ensaios e estudos literários. Estudou na Universidade de Coimbra, onde obteve a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas em 1946. Seu primeiro livro, Heterodoxia, foi publicado em 1949. Lourenço foi professor convidado nas universidades de Hamburgo e Heidelberg (ambas na Alemanha) e Montpellier (França). Após lecionar durante um ano na Universidade Federal da Bahia, mudou-se para a França em 1960, onde foi docente nas universidades de Grenoble e Nice. No período de 1989 a 91 foi Conselheiro Cultural da Embaixada Portuguesa em Roma. Lourenço recebeu diversas condecorações nacionais e estrangeiras, além de ter sido nomeado doutor honoris causa por várias universidades, dentre elas a Federal do Rio de Janeiro. 

Frase para sobremesa: Para ser feliz até certo ponto é preciso que tenhamos sofrido até o mesmo ponto (Edgar Allan Poe).

Até a próxima!

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