Post-163

Lista dos melhores livros de todos os tempos (www.thegreatestbooks.org)

57. O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea), Ernest Hemingway (1899-1961)

Trata-se de um dos mais conhecidos romances de Hemingway, escrito quando ele vivia em Cuba. O livro mostra o desafio do experiente pescador Santiago, que tenta pegar um enorme marlim, o qual acaba arrastando a embarcação até o alto-mar. Depois de uma fatigante batalha, Santiago consegue levar a presa até o litoral. Quando chega à praia, constata que o peixe havia sido devorado por tubarões, restando apenas a carcaça. História de enredo simples, com praticamente um único personagem, na qual se destacam os aspectos da solidão, dos sonhos e pensamentos e, sobretudo, da luta pela sobrevivência.

A obra, publicada em 1952, foi bem recebida pelo público, o que, certamente, contribuiu para a concessão do Prêmio Nobel de Literatura ao autor em 1954. Nesse mesmo ano ela havia sido contemplada com o Prêmio Pullitzer. Este foi o último romance de ficção de Hemingway publicado ainda em vida. Nos Posts 37 e 150 já foram apresentados os principais destaques da movimentada carreira do célebre escritor.

Em 1958 foi lançada a versão cinematográfica do livro, tendo a direção de John Sturges (1910-92) e a emblemática atuação de Spencer Tracy (1900-67). As diversas edições brasileiras (Círculo do Livro, Bertrand Brasil, Civilização Brasileira, Folha de São Paulo) contaram com as traduções de Fernando de Castro Ferro e de André Telles.    

Línguas da Índia (26)

Outras línguas dravídicas

A língua gondi

Também conhecido como Koitur, esse idioma á falado por cerca de dois milhões de pessoas do povo Gondi, no sul da Índia. Estima-se que apenas 20% dos membros dessa etnia se comuniquem regularmente na língua gondi. São quase todos agricultores, com baixo índice de alfabetização, espalhados por 112 tribos. As famílias, tendo em vista a educação dos filhos, preferem utilizar as línguas dominantes na região. Existem vários dialetos, com diferenças apenas no nível fonológico.

Em 1928 foi criada uma escrita específica para o gondi, a qual, no entanto, foi sendo gradativamente abandonada. Atualmente os alfabetos empregados são o devanágari e o telugu. Estava em preparação (2020) o primeiro dicionário do idioma gondi. Os gêneros das palavras são dois: masculino e não masculino (ótimo assunto para discussão nos ambientes feministas). Números de 1 a 10: undi, roondu, muudu, naaluum, heeyyum, haaruum, eeduum, eenamidi, toom’mid, aravai. Eles guardam uma semelhança com o idioma telugu.

A língua brahui

Ela é falada por 3 milhões de pessoas na região do Baluchistão (no Paquistão), portanto afastada mais de 1.500 km da concentração de línguas dravídicas no sul da Índia. Quase todos os usuários do brahui são bilingues com o idioma balúchi (Post 127), do ramo indo-ariano. Não se conhece exatamente as razões para a existência desse curioso enclave linguístico. Uma das possibilidades é que o brahui seja um resquício de uma eventual ocupação dravídica na região, em tempos antigos. A segunda hipótese é de que o brahui tenha sido introduzido no Baluchistão por volta do ano 1.000. Ele é o único idioma dravídico que não teve a escrita derivada do alfabeto religioso brami. Atualmente o brahui é majoritariamente escrito no alfabeto árabe e, em menor escala em um alfabeto latino modificado.

O idioma brahui é classificado pela UNESCO com o grau de inseguro. Relembremos quais são os cinco níveis de perigo de extinção de línguas: insegura; definitivamente ameaçada; severamente ameaçada; criticamente ameaçada; extinta. Vamos aos números de 1 a 10: assit, irrat, mussit, char, punch, shash, hafth, haschth, no, da. À exceção dos números de 1 a 3, os outros são muito semelhantes aos do persa.

A língua tulu

Os primeiros escritos da língua tulu remontam ao século VII. O alfabeto utilizado anteriormente era o malaialo, todavia, com o passar do tempo, foi sendo substituído pelo canarês. Uma característica da língua é o fato de ela possuir o tempo mais-que-perfeito. Recordemo-nos das aulas de português (que, na minha época, era chamada de língua pátria): esse tempo verbal, que se refere a uma ação passada que ocorreu antes de outra, pode ser simples (“ele lera”) ou composto (“ele tinha lido”). Pois bem, o tulu é o único idioma dravídico que possui essa conjugação, que é feita sem o uso do verbo auxiliar. Além disso ele possui um curioso caso comunicativo, utilizado para verbos como “dizer”, “falar”, “perguntar”, “indagar” e assemelhados. Números de 1 a 10: onji, eradu, muuji, naalu, ainu, aaji, eedu, edma, ormba, pattu.

Escritores não-suiços que faleceram na Suiça (2)

  • A.J. Cronin, escocês, nascido em 1896 e falecido em 1981 em Montreux;
  • James Hadley Chase, conhecido escritor de livros policiais, britânico, nascido em 1906 e falecido em 1985 em Vevey;
  • Jorge Luís Borges, argentino, nascido em 1899 e falecido em 1986 em Genebra;
  • Graham Greene, britânico, nascido em 1904 e falecido em 1991 em Vevey;
  • Elias Canetti, búlgaro, nascido em 1905 e falecido em 1994 em Zurique;
  • Patricia Highsmith, norte-americana, nascida em 1921 e falecida em 1995 em Locarno;
  • Johannes Mario Simmel, austríaco, nascido em 1924 e falecido em 2009 em Zug.

Frase para sobremesa: Duas contribuições de Franz Kafka (1883-1924): 1) Todos os erros humanos são impaciência, uma interrupção prematura de um trabalho metódico. 2) As sereias possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.

Bom descanso!

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