Lista dos melhores livros de todos os tempos (www.thegreatestbooks.org)
51. Édipo Rei (Oidípous Týrannos, i.e. “Édipo Tirano”), Sófocles (em torno de 496 a.C – em torno de 405 a.C.)
Para muitos, essa peça de teatro é o mais perfeito exemplo da tragédia grega. Estima-se que tenha sido escrita aproximadamente em 427 a.C., tendo sido apresentada ao público dois anos depois. O enredo se baseia em uma profecia, recebida pelo jovem Édipo, de que ele iria matar o pai e se casar com a mãe. Tendo sido abandonado ainda bebê em local ermo, com os pés amarrados, foi levado por um pastor à sua cidade, onde foi adotado pelo rei. A profecia mencionada lhe foi passada em uma consulta ao Oráculo de Delfos. Quando chega à cidade de Tebas ele acaba recebendo o título de rei e a mão da viúva Jocasta. Posteriormente descobre que a pessoa que ele havia matado em uma batalha era seu pai e a esposa com a qual se casara era a mãe. A profecia estava cumprida.
O drama de Édipo se transformou em um dos pilares da psicanálise clássica ao ser estudado pelo psiquiatra austríaco Sigmund Freud (1856-1939) com o nome de “Complexo de Édipo”.
Obviamente sabe-se muito pouco sobre a vida de Sófocles, que teria nascido em uma família muito rica (o pai era fabricante de armas), tornando-se uma personalidade bastante conhecida e benquista em Atenas. Faleceu bastante idoso, na idade aproximada de 90 ou 91 anos. Apenas sete de suas obras sobreviveram ao tempo. Dentre elas, além de “Édipo Rei”, as mais conhecidas são “Antígona” e “Electra”.
As diversas traduções diretamente do grego antigo para o português ocorreram tanto na forma de versos livres quanto em prosa. O conhecido gramático Domingos Paschoal Cegalla (1920-2013) traduziu a obra em uma mistura de versos e prosa, com publicação pela Editora portuguesa DIFEL em 2001. Uma das mais antigas traduções diretas em prosa foi conduzida por Jaime Bruna em 1964 (Editora Cultrix). A publicação em verso do tradutor Trajano Vieira foi lançada pela Editora Perspectiva em 2005.
Línguas da Índia (20)
Língua telugu (1)
Após a apresentação das principais línguas indo-arianas (família indo-europeia) faladas na Índia, iniciamos agora os comentários sobre os mais relevantes idiomas da família dravídica (do sânscrito draavida – trabalho), a qual abarca dezenas de línguas faladas por uma população superior a 250 milhões de pessoas. Os idiomas dravídicos são usados na região sul da Índia, no Sri Lanka e em alguns países vizinhos. O mapa abaixo, que não pretende ser completo, pode dar ao leitor uma ideia aproximada da distribuição linguística no subcontinente indiano.
Historicamente os registros de línguas dravídicas mostram que elas existiam antes da formação da família indo-europeia. O idioma telugu é a mais falada das línguas dravídicas, sendo utilizado por 83 milhões de pessoas como primeira língua e por 13 milhões como segunda língua. Desta maneira, ele é o quarto idioma mais usado na Índia, depois do hindi, bengali e marati. Os primeiros escritos em telugu remontam ao ano 400 a.C. Ele é o idioma oficial do estado indiano de Andhra Pradesh, cuja capital é Amvarati. É considerada a existência de quatro dialetos e (isso já não nos causa surpresa) de diversos subdialetos.
O telugu é escrito em alfabeto próprio, que pode ser visto mais à frente na redação de expressões usuais. São 12 vogais (seis curtas e seis alongadas) e 35 consoantes (como comparação, em português são 19). Existem dois sistemas fonéticos, sendo um mais complexo, utilizado na comunicação com pessoas com maior nível de escolaridade e outro de configuração mais simples. Claro que em português, extensivo a quase todos os idiomas, existem variantes cultas e populares, com o uso de palavras diversificadas, mas aqui estamos falando de fonética, da forma de pronúncia da língua. A propósito, o telugu é conhecido como o “italiano da Índia”, devido à sua musicalidade e eufonia (harmonia sonora). Ainda no aspecto fonético cabe ressaltar a relevância da pronúncia correta das consoantes mediais (no meio da palavra). Por exemplo: kala (sonho) e kalla (falsidade) ou kanu (parir) e kannu (olho).
Origem de nomes das capitais dos estados brasileiros (6)
Natal: nome oriundo da data de fundação da cidade (25 de dezembro de 1599), representada pela inauguração da Fortaleza dos Reis Magos, assim denominada por sua construção ter sido iniciada em 06/01/1598, dia de Reis no calendário católico. A fundação foi celebrada com uma missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação. Durante o período da ocupação holandesa em diversos estados da Região Nordeste, a cidade de Natal passou a se chamar Nova Amsterdã (de 1633 a 1654), curiosamente a mesma designação atribuída à futura cidade norte-americana de Nova Iorque.
Palmas: trata-se da mais jovem capital de um estado brasileiro, construída em 1989 e oficializada como capital em 01/01/90. O Estado de Tocantins, por sua vez, fora criado no ano de 1988. Durante a construção de Palmas, a capital do estado foi Miracema do Tocantins. O nome de “Palmas” homenageia a Comarca de São João da Palma, sede do primeiro movimento separatista de Tocantins, além, obviamente, da grande quantidade de palmeiras que crescem na região.
Frase para sobremesa: É uma verdade universalmente conhecida, que um homem solteiro em posse de uma boa fortuna deve estar precisando de uma esposa (Jane Austen, 1775-1817).
Até a próxima!